Os distúrbios mentais tiveram uma crescente nos últimos tempos, sendo o Transtorno Depressivo Maior (TDM) um dos mais populares. Essa depressão unipolar está cada vez mais presente na vida da população mundial.
No Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou pesquisas e anunciou que 15,5% da população sofre com essa doença durante sua vida. Com isso, ela se tornou uma das preocupações dos dias atuais.
Por isso, conhecer mais sobre esse transtorno é fundamental. Para te ajudar nisso, trouxemos um conteúdo completo sobre o Transtorno Depressivo Maior. Continue lendo e descubra mais sobre esse distúrbio!
O que é Transtorno Depressivo Maior (TDM)?
O TDM, conhecido popularmente como depressão, é uma doença que se configura como um conjunto de sintomas ligados ao humor. Entre os aspectos aparentes, nota-se uma tristeza intensa, vazio, irritabilidade e pode acarretar sintomas físicos.
Outros sinais que são comuns nesses casos é a insônia e o cansaço físico. Esses sintomas ficam presentes por semanas e meses, contando com oscilações de altos e baixos.
É um distúrbio contínuo, ou seja, pode ter uma progressão e uma piora nos sintomas. A Organização Pan-Americana da Saúde estima que 300 milhões de pessoas por todo o mundo em diferentes idades passam por algum nível de depressão.
Dessa maneira, a tristeza aguda paralisa, deixando a pessoa acamada, com falta de energia, vontade e motivação para tarefas simples como comer ou cuidados pessoais. Por isso, é importante buscar o diagnóstico e um tratamento com profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.
Como é dado o diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior?
O diagnóstico é feito por profissionais da saúde depois de várias análises. Os psicólogos e os psiquiatras trabalham juntos nos casos da depressão e em outras enfermidades mentais, como a ansiedade.
Isso acontece porque a sua causa é desconhecida, ou seja, essa doença apresenta vários potencializadores, como alterações nos níveis de neurotransmissores e em funções neuroendócrina e fatores psicossomáticos. Tudo isso precisa ser analisado para um diagnóstico preciso.
Durante as sessões de psicoterapia e as consultas psiquiátricas, são observados sinais de estresse, tristeza aguda, períodos de confusão mental e mais. Também se considera o uso de drogas ilícitas e medicamentos para compreender e definir essa doença.
Outra questão é a fase que o paciente com Transtorno Depressivo Maior está classificado. A Classificação Internacional de Doenças Relacionadas à Saúde (CID-10) aponta que a depressão é dividida em três principais etapas — leve, moderada e grave — com sintomas em diferentes intensidades em cada uma delas.
Os principais sintomas do Transtorno Depressivo Maior
Os sintomas da depressão são, em sua maioria, aspectos emocionais, mas é possível perceber sinais físicos que se tornam mais presentes em alguns quadros depressivos.
Emocional/humor depressivo
Sentimento de tristeza, vazio, culpa e baixa autoestima estão presentes frequentemente nos casos de Transtorno Depressivo Maior. Esses casos oscilam, ou seja, nem sempre é um estado contínuo, mas pode se tornar.
O estado emocional pode acarretar pensamentos autodestrutivos, como considerar-se irrelevante ou um peso para familiares e amigos. Conforme o quadro depressivo piora, o paciente pode alcançar o estado grave e ter pensamentos suicidas constantes.
Lentidão motora
O retardo motor também é um sintoma que se esconde como preguiça. Presente como uma falta de energia e um cansaço constante, o indivíduo fica mais lento, desconcentrado e sem vontade de ter iniciativas.
Distúrbios no sono
Além da lentidão motora e o cansaço, o sono é prejudicado. Ele é afetado com insônia ou sonolência excessiva, sendo dois opostos que prejudicam diversos aspectos da saúde.
Mudanças de apetite
A somatização dos sentimentos depressivos podem ser representados no apetite. Há casos de ausência de fome ou aumento de apetite, principalmente por carboidratos e doces.
Sinais biológicos e físicos atípicos
No corpo, o mal-estar, dor no peito, taquicardia e sudorese são algumas marcas da depressão. Biologicamente, vemos a redução da produção da libido ou do interesse sexual.
Qual é o tratamento da depressão?
O tratamento do Transtorno Depressivo Maior é feito com medicamentos ansiolíticos e psicoterapias. O acompanhamento deve ser constante com psicólogos e psiquiatras.
Entre as medidas tomadas, está a mudança de hábitos tóxicos e o incentivo aos exercícios físicos. A atividade física é um pilar importante no tratamento de depressão. Além disso, terapias alternativas como aromaterapia e acupuntura podem ser abordagens secundárias para a recuperação do paciente.
A intervenção medicamentosa é feita pelo psiquiatra, esse acompanhamento é necessário para regular as doses da medicação de maneira que seja efetiva. Após a recuperação, também é possível fazer o desmame dos ansiolíticos.
De forma geral, o tratamento do distúrbio depressivo também é abordado de três formas diferentes dependendo da etapa da doença. Confira:
Abordagens na fase aguda
Na fase aguda, é necessária a aplicação de medicações e constantes terapias com o psicólogo. O objetivo é minimizar o máximo dos sintomas e oferecer um acolhimento emocional. O paciente nesse estado precisa iniciar hábitos saudáveis comuns, evitar isolamentos por longos períodos e buscar se envolver com o tratamento da doença.
Abordagens na fase média
Na fase média da doença, o tratamento é suavizado, as doses podem mudar e as abordagens da psicóloga mudam de perfil. As melhorias são observáveis e o objetivo agora é buscar recuperar a vitalidade em atividades físicas, hobbies, vida profissional e ambições.
Mas é claro que são os profissionais que guiam a melhor forma de agir diante do paciente, afinal, cada um tem suas individualidades e os seus desafios.
Abordagens na fase leve
O tratamento da depressão na fase leve é voltado para a psicoterapia, o objetivo é anular a cadência do distúrbio e evitar os maus hábitos. Nesse momento, há o incentivo para fazer atividade física, terapias alternativas, como acupuntura, aromaterapia e auriculoterapia, e manter hábitos alimentares saudáveis.
Outra característica dessa abordagem é os profissionais da saúde optarem em não usar de primeira solução os ansiolíticos. Dessa forma, é feita apenas a psicoterapia para ter a recuperação desse quadro.
É possível evitar esse distúrbio?
É possível reduzir as chances de desenvolver Transtorno Depressivo Maior (TDM) com alguns hábitos saudáveis no estilo de vida. Dentre eles, é possível citar:
- Praticar atividade física;
- Não consumir drogas ilícitas e álcool;
- Reduzir doses de cafeína diária;
- Manter uma rotina de sono saudável;
- Ter uma alimentação equilibrada;
- Evitar acúmulos de estresse, tristeza e emoções psicossomáticas;
- Fazer psicoterapia.
Com essas dicas, você diminui a probabilidade de desenvolver esse distúrbio. É importante ressaltar que a psicoterapia pode ser feita por muitos outros motivos além das doenças mentais. Essa terapia permite que você se desenvolva em várias áreas da sua vida.
Além disso, uma dica para melhorar a qualidade de vida e reduzir as chances do TDM é realizar terapias alternativas. As abordagens da Medicina Tradicional Chinesa auxilia em aspectos mentais, emocionais e físicos dos pacientes.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o Transtorno Depressivo Maior, confira na MTC Shop mais conteúdos de tratamentos alternativos para você. Aqui você encontra conteúdos de massoterapia, magnetoterapia, reiki e muitas outras abordagens.
Referências:
NÓBREGA, M. DO P. S. S. et al. Conhecendo sinais e sintomas do Transtorno Depressivo Maior: Revisão de Escopo. E-Acadêmica, v. 3, n. 1, p. e1831105–e1831105, 3 abr. 2022.
CARNEIRO, A. M.; DOBSON, K. S. Cognitive-behavioral treatment for major depressive disorder: a narrative review. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 12, n. 1, 2016.
SCHOTT, F. et al. Transtorno depressivo maior: diferentes possibilidades para pacientes resistentes ao tratamento. PSI UNISC, v. 5, n. 2, p. 125–141, 10 jul. 2021.
SOUSA, N. F. DA S. et al. Association of major depressive disorder with chronic diseases and multimorbidity in Brazilian adults, stratified by gender: 2019 National Health Survey. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 24, n. suppl 2, 2021.